Eventos climáticos extremos mataram quase 800 mil pessoas em 30 anos

Levantamento foi realizado por uma ONG alemã e aponta que, além da perda de vidas, o clima extremo causou prejuízos econômicos gigantescos
Alessandro Di Lorenzo13/02/2025 09h49
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Imagem: Nick_ Raille_07 - Shutterstock
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Um levantamento realizado pela ONG Germanwatch, focada na proteção do meio ambiente, traz dados assustadores sobre os impactos dos eventos climáticos extremos nas últimas décadas. O trabalho, intitulado Índice de Risco Climático, compilou dados de 1993 a 2022.

Neste período, quase 800 mil pessoas morreram em função de tempestades, inundações, secas, ondas de calor e incêndios florestais. Além da perda de vidas, os prejuízos econômicos foram gigantescos, atingindo a ordem de trilhões de dólares.

Clima extremo é resultado das mudanças climáticas

O índice classificou os países de acordo com o impacto econômico e humano dos eventos extremos. Para isso, levou em conta dados como número de mortos, feridos, desabrigados e forçados a se deslocar, bem como os danos financeiros provocados.

No total, foram mais de 9.400 eventos climáticos extremos no período analisado. Eles causaram a morte de 765 mil pessoas e perdas econômicas da ordem de US$ 4,2 trilhões, o equivalente a mais de R$ 24 trilhões.

Seca é um dos causadores “naturais” de mortes (Imagem: Chakkaphong wanphukdee/Shutterstock)

De acordo com a ONG Germanwatch, o objetivo do levantamento é mostrar os riscos reais que os países estão enfrentando. Além disso, quer deixar claro que os eventos não poupam as nações consideradas ricas e desenvolvidas.

Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho ainda destacaram que a frequência e a intensidade destes desastres aumentaram nos últimos anos e isso deve piorar ainda mais em razão dos efeitos das mudanças climáticas. Por isso, pedem que as autoridades tomem medidas urgentes para reverter a crise climática.

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Aumento do número de eventos extremos tem ligação com as mudanças climáticas (Imagem: Bigc Studio/Shutterstock)

Os países mais afetados, segundo o levantamento

  1. Paquistão;
  2. Belize;
  3. Itália;
  4. Grécia;
  5. Espanha;
  6. Porto Rico;
  7. Estados Unidos;
  8. Nigéria;
  9. Portugal;
  10. Bulgária.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.